"Apaixone-se pelo problema, não pela solução" — Vale também para aprendizagem

Nira Bessler
2 min readFeb 6, 2020

--

Outro dia li a frase do título em um post no Instagram. Infelizmente, não sei quem é o autor, mas ela resumiu bem algo que na minha visão também vale para o processo de aprendizagem.

Normalmente, quando pensamos em desenvolver um programa de aprendizagem, o que nos vem à mente são aulas, sejam elas presenciais ou online. Aliás, um reflexo disso é que muitos cursos virtuais são uma mera transposição das salas de aula tradicionais para o mundo digital.

Mas já parou para pensar que nem sempre uma aula é a melhor forma de aprender alguma coisa?

Fonte da imagem: https://uwaterloo.ca/centre-peace-advancement/news/map-system-thinking-differently-about-social-and

A gente aprende o tempo todo no mundo real e virtual. Com uma boa conversa, observando colegas, assistindo a vídeos no Youtube, tentando e praticando algo novo, fazendo consultas no Google, ouvindo podcasts…

Às vezes até um debate construtivo nas redes sociais (algo, infelizmente, raro hoje em dia) pode ser uma grande fonte de novas descobertas e práticas.

Então por que a educação precisa se limitar a aulas?

Falando em aprendizagem corporativa, uma boa solução pode ter qualquer formato, desde que cumpra seu objetivo principal: apoiar o profissional na construção de novos conhecimentos e práticas.

Será que às vezes um checklist não se adapta mais ao dia-a-dia da pessoa do que um curso virtual de 40 minutos? Será que um podcast não funciona melhor para alguns contextos do que uma aula presencial? Será que uma visita guiada a algum local não tem mais impacto do que um vídeo em certas situações?

Por isso, acho que a frase se encaixa perfeitamente para o mundo da aprendizagem corporativa: apaixone-se pelo problema, não pela solução.

Quando uma organização procura um curso, ela com certeza tem algum problema para resolver. Mas, na maioria das vezes, não faz esta reflexão: "aulas são realmente a forma mais eficiente de resolver a situação?"

O formato deve ser a consequência de um propósito, deve vir depois de bem compreendido o problema e a situação, e não o oposto. Na maioria das vezes, hoje, primeiro se pensa no formato e, depois, no conteúdo.

Com metodologia e um pouco de criatividade, é possível repensar as soluções de educação corporativa, melhorando sua eficiência e buscando atingir seu real objetivo, o aprendizado.

--

--

Nira Bessler
Nira Bessler

Written by Nira Bessler

Lifelong learner. Apaixonada por aprendizagem.

No responses yet