Do esforço do contraintuitivo ao conforto do automático
Na aprendizagem, antes de chegar ao conforto do automático, temos que passar pelo esforço do contraintuitivo.
Aprender tem muito a ver com automatizar novos hábitos. Dirigir é um exemplo clássico. No começo, é difícil, um esforço grande que exige muita atenção. Aos poucos se transforma em algo mecânico.
A neurocientista Lisa Feldman Barrett conta que as duas coisas que mais demandam nossa energia são: movimentar o corpo e aprender uma coisa nova.
O processo de aprendizagem passa por um trabalho inicial, muitas vezes cansativo, de mudar um hábito. Por exemplo, Comunicação Não Violenta, você pode ler o livro, compreender e gostar de todas as técnicas, mas se não praticar com frequência e intenção no começo, provavelmente vai continuar tendo conversas como sempre teve.
Este primeiro momento, de esforço, é cansativo. Mas, quando entra no automático, o gasto de energia é menor e o processo é bem mais confortável.
Outra analogia clássica são os exercícios físicos, só que aí quando fica fácil tentamos “puxar” um pouco mais. É o que fazem muitos “mestres” que adotam a prática deliberada, sempre se desafiam um pouco mais.
Mas, enfim, aí é outro capítulo.